terça-feira, 31 de julho de 2012

Fascículo 2 – Operações com números naturais

     
Neste fascículo refletimos muito algumas questões: O que é algoritmo? Por que ensinamos algoritmos de cálculos a nossos alunos? Como ocorre a prática de ensino do algoritmo? O grupo concluiu que o algoritmo tem a finalidade de sistematizar e facilitar o processo de cálculo, no entanto, devemos valorizar as estratégias pessoais dos alunos e ensinar o algoritmo às crianças quando estas já dominarem, com certa segurança, o conceito da operação, os fatos básicos e terem compreendido o SND.
Realizamos a leitura do texto de apresentação do fascículo 2, Operações com os números naturais, com o intuito de refletirmos sobre o assunto em estudo.
 
   Enfatizamos a necessidade de uma situação problema contemplar desafios, que estes sejam adequados a cada etapa do desenvolvimento dos alunos, não tão difícil que eles não consigam realizar, nem tão fácil a ponto de não ter desafio.
   Realizamos boas reflexões a respeito do trabalho que vem sendo realizado com os alunos ao propor a resolução de problemas e nos deparamos com a pergunta que operação fazer, concluímos que os seguintes motivos podem levar a isso:
·         Dificuldade de interpretação;
·         Considerar que na construção do conhecimento as crianças podem e devem resolver problemas envolvendo as quatro operações utilizando estratégias pessoais antes de lhe ser ensinados os algoritmos;
·         Necessidade de vivenciar concretamente situações matemáticas;
·         Necessidade do trabalho com problemas envolvendo as ideias dos campos conceituais matemáticas.
Outros pontos importantes:
·         Trabalhar o algoritmo com “reserva” desde o início: vantagem em se iniciar o processo pela ordem das unidades.
·         Valorizar as formas de registros e representações;
·         Utilizar material concreto – composição e decomposição;
·         Estratégias de cálculo mental;
·         Importância dos fatos básicos para agilidade das tarefas de matemática.
Por fim desenvolvemos uma oficina de jogos para trabalhar as ideias do campo aditivo e multiplicativo, essa atividade foi bastante proveitosa, pois trouxe a tona muitas reflexões e possíveis intervenções acerca do uso de jogos como estratégia didática.
Karina Z.



 











Caracterização do Grupo de Matemática – 2012


Iniciamos o encontro realizando primeiramente uma breve apresentação dos 28 cursistas, no qual relataram suas experiências profissionais, bem como suas expectativas frente ao curso.
O grupo é bastante diversificado, temos professores do Ensino Fundamental, da Educação Infantil e alguns Coordenadores Pedagógicos. Esta composição tornou as discussões bastante ricas, pois conseguimos olhar para a aprendizagem dos alunos por diferentes ângulos.
Fascículo 1 - Números Naturais
O fascículo I, com tema números naturais, possibilitou uma grande reflexão no que concerne a construção da ideia de número pelas crianças. Retomamos estudos e contribuições sobre este tema de Kamii e Piaget, concluímos que as crianças precisam colocar todos os tipos de objetos e eventos em todos os tipos de relações, uma vez que o número não pode ser ensinado diretamente, ou seja, muitas devem ser as oportunidades que envolvam o trabalho com números oferecidas para que as crianças elaborem construções internas.
Cabe ressaltar que aprofundamos o conteúdo do material com contribuições dos estudos das pesquisas realizadas por Délia Lerner e Patrícia Sadoviscky, no qual foram tratadas questões fundamentais sobre de como as crianças elaboram seus conhecimentos a respeito do sistema de numeração, o trabalho com as regularidades e intervenções para que as crianças avancem em suas hipóteses de escrita numérica.      
Quero aqui registrar alguns argumentos oferecidos pelas pesquisadoras acima referidas que embasaram esse trabalho registrado no livro: “Didática da Matemática” organizada por Parra e Saiz:
“Do uso á reflexão e da reflexão à busca de regularidade, esse é o percurso que proporemos reiteradamente.”
“A análise das regularidades da numeração escrita é -como todos sabem – uma fonte insubstituível de progresso na compreensão das leis do sistema por parte das crianças.”
Sabemos que quanto mais conhecimento e fundamentação teórica o professor adquirir, melhor poderá intervir para garantir aprendizagem de seus alunos.
Karina Z.






















quinta-feira, 19 de julho de 2012

Pró Letramento Matemática - 15/03/2012

    
      
Nosso primeiro encontro começou com a construção de combinados e com o estudo do fascículo 01. Tivemos como acolhimento, a leitura do texto "Uma definição de felicidade", deixamos aqui a cópia do texto para reflexão:
Todas as profissões têm sua visão do que é felicidade. Já li um economista defini-la como ganhar 20.000 dólares por ano, nem mais nem menos. Para os monges budistas, felicidade é a busca do desapego. Autores de livros de auto-ajuda definem felicidade como "estar bem consigo mesmo", "fazer o que se gosta" ou "ter coragem de sonhar alto". O conceito de felicidade que uso em meu dia-a-dia é difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de Edward De Bono, Mihaly Csikszentmihalyi e de outros nessa linha. A idéia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e assim por diante. Até aí, tudo bem. Imagine seus desejos como um balão inflável e que você está dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu mundo possível. É o mundo que você ainda não sabe dominar. Agora imagine um outro balão inflável dentro do seu mundo possível, e portanto bem menor, que representa a sua base. É o mundo que você já domina, que maneja de olhos fechados, graças aos seus conhecimentos, seu QI emocional e sua experiência. Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões - o balão que você pretende dominar e o que você domina. Se a distância entre os dois for excessiva, você ficará frustrado, ansioso, mal-humorado e estressado. Se a distância for mínima, você ficará tranqüilo, calmo, mas logo entediado e sem espaço para crescer. Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter.
O primeiro passo é definir corretamente o tamanho de seu sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de que tudo é possível se você somente almejar alto é pura balela. Todos nós temos limitações e devemos sonhar de acordo com elas. Querer ser presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou senador, mas não no início de carreira. O segundo passo é saber exatamente seu nível de competências, sem arrogância nem enganos, tão comuns entre os intelectuais. O terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre esses dois mundos. Saber administrar a distância entre seus desejos e suas competências é o grande segredo da vida. Escolha uma distância nem exagerada demais nem tacanha demais. Se sua ambição não for acompanhada da devida competência, você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano de faculdade. Curiosamente, à medida que a distância entre seus sonhos e suas competências diminui pelo seu próprio sucesso, surge frustração, e não felicidade.
Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa "fossa do bem-sucedido", tão conhecida por administradores de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque "chegaram lá"? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida felicidade. Essa definição explica por que a felicidade é tão efêmera. Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz nada. Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros. Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista. Delegue, abra mão de algumas atribuições, diga não. Ou então encha mais seu balão de competências estudando, observando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os velhos acham que é um fracasso abrir mão do espaço conquistado. Por isso, recusam ceder poder ou atribuições e acabam infelizes. Reduzir suas ambições à medida que você envelhece não é nenhuma derrota pessoal. Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma dinâmica contínua. É chegar lá, e não estar lá como muitos erroneamente pensam. Seja ambicioso dentro dos limites, estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando puder, reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem. Mantenha sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da vida e você será muito feliz.

Stephen Kanitz é administrador por Harvard (www.kanitz.com.br)
Editora Abril, Revista Veja, edição 1910, ano 38, nº 25, 22 de junho de 2005, página 24.